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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Por que as pessoas são tão babacas?!

Eu poderia dar um título menos agressivo para este post? Sim, poderia, mas eu estou tão indignada que essa é a melhor palavra.

Diz aí Michaelis, o que seria um babaca: “Tolo, bobo.” Tá pouco Michaelis, muito fraco. Aurélio, o que você me diz: “Não sei o que é babaca, mas sei o que é tolo, serve?” Serve, claro. “Sem inteligência, sem juízo. Tonto, idiota, pateta, bobo. Ridículo.” Tá ótimo.

O babaca não é simplesmente um bobo, uma pessoa sem más intenções. Não. O babaca de verdade, tem todas as más intenções, faz o suficiente para arruinar com toooooooodo o seu dia. São perfis que se multiplicam rapidamente, alguns são mais babacas outros menos. O fato é que todo mundo lida com esse tipo de gente todos os dias.

Mala sem alça. Dificil de lidar.

Liguei para marcar uma consulta, eram 9 horas da manhã. Já é hora do consultório estar funcionando certo?! Liguei num horário em que a pessoa não está cansada, exausta, certo?! Errado. A secretária atende ao telefone com um simples “Consultório”. Na verdade ela queria dizer “Quem é que tá me enchendo o saco a essa hora da manhã”. “Bom dia pra você também, babaca”.

As pessoas podem acordar com os cornos virados?! Podem. Mas as outras pessoas não têm culpa. Você não precisa estragar o dia dos outros porque o seu está uma desgraça. Minha querida, se você não gosta de atender telefone, muda de trabalho. Se você não gosta de atender ao público, vai fazer outra coisa da vida. Vai carregar caminhão, vai criar gado, vai trabalhar no estoque. Olha quanta coisa você pode fazer sem ser atender ao telefone.

É o mesmo que a pessoa odiar projeto e resolver estudar design. Na boa, faz outra coisa da vida. Se você não gosta de matemática, não vai atrás de engenharia, certo!?

O que eu percebo é um número cada vez maior de pessoas que se dispõem a trabalhar com atendimento ao público e não tem tato para isso. Pode ser falta de opção, necessidade, enfim. O que interessa é que como consequência dessa irresponsabilidade, cada vez mais pessoas aleatórias estão estragando o dia de milhares de pessoas! Sem necessidade!

Duas questões são relevantes nesse post: “Educação” [aquela que se aprende em casa] e “Respeito” [por acaso se aprende no mesmo lugar]. O próximo relato traz as duas juntas.

No caixa do mercado. “Cê vai querer nota paulista?” Bom dia que é bom nada. “Cê” a pqp, não te conheço. Foi o suficiente para meu nível de tolerância baixar de cinco para um. Devo ter feito uma cara terrível de quem comeu e não gostou, falei “Bom dia, quero nota paulistana sim”. Babaca [isso eu só pensei].

 Passou as compras e um dos itens estava com o preço diferente do marcado na gôndola. “O preço desse produto tá errado”, falei para o caixa, “Na gôndola tá marcado outro valor.” Sabe o que o ser me respondeu? “No mercado tá cheio de verificador de preço pra você ver o valor antes de pagar.” HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHHA FDP. Eu já estava bem P* da vida pela falta de educação no inicio do processo, ainda esse FDP me vem com essa!? Respondi com civilidade [ainda restava alguma] “Eu já disse que o preço está marcado na gôndola, tem uma etiqueta lá, não tem porque eu verificar o valor. E outra, vocês tem que ter controle sobre o sistema, o que aparece para o consumidor e o que está cadastrado. Se eu comprasse 80 itens nesse mercado, eu teria que verificar todos os produtos para ver se vocês estão fazendo o trabalho direito?! Não né.”

Apareceu uma outra pessoa do mercado.

“Fulana, ela tá dizendo que o valor tá errado”. “A senhora pode me acompanhar”. Posso, mas não deveria. Bando de babacas.

Para finalizar, o último causo da semana que recordo.

Comprei CENTO E CINQUENTA KILOS DE AREIA ENSACADA. 150. Beleza. O cara falou que entregava mediante pagamento do valor do frete, ok, pago, não tenho como carregar areia nas costas. A lojinha fica a duas quadras de casa, é perto, o valor que ele me cobrou de frete dava para entregar areia do outro lado da cidade. Chegou o entregador, que é a mesma pessoa do vendedor, que é o dono da loja. Uma simpatia de pessoa. SQN. Eu já sabia disso, já tinha comprado outras coisas pequenas lá, e sei que o cara é um idiota, mal amado, que por ele poderia se extinguir qualquer tipo de vida na face da Terra, mas enfim, eu não tinha opção no momento.

Abri o portão maior para ele entrar com mais facilidade. Poderia ser bem FDP e deixar ele se virar entrando pelo portãozinho menor. Pedi para ele deixar os sacos no fundo da casa. Sabe o que ele me respondeu: “Aaaaaah não dá. É muito longe. Só posso deixar aqui.” Colega, você já está com esse saco encaixado no pescoço, já andou quatro metros de garagem, que custa andar mais meia dúzia de passos e deixar o saco aonde eu pedi?! Custa. Tanto custa que ele deixou a areia na garagem. Babaca, idiota.

Como que você vai continuar estável depois de constatar que mesmo pagando um abuso de frete o cara não carregou o material até o lugar que você precisa, e agora sobrou para você mesma terminar o trabalho!? É por essa razão, dentre outras, que as coisas estão como estão. Pessoas sem educação, sem respeito, sem paciência. Depois de passar por perrengues diários, a humanidade continua vivendo e descontando suas raivas e frustrações em outras pessoas. E o ciclo continua. E essas pessoas que receberam frustrações gratuitas, tendem a passar a diante. E por aí vai. Forever. 



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